quinta-feira, 3 de março de 2011

Como morrer "bela e docemente"

”Não me vistam de preto: é triste e fúnebre. Nem me vistam de branco porque é soberbo e retórico. Vistam-me de flores amarelas e vermelhas e com asas de passarinho. E Tu, Senhor, olhe minhas mãos. Talvez tenham colocado um rosário, talvez uma cruz. Mas se enganaram. Nas mãos tenho folhas verdes e sobre a cruz, a tua ressurreição. E sobre minha tumba não coloquem mármore frio com as costumeiras mentiras para consolar os vivos. Deixem que a terra escreva, na primavera, uma epígrafe de ervas. Ali se dirá que vivi e que espero. Então, Senhor, tu escreverás o teu nome e o meu, unidos como duas pétalas de papoulas”. (epígrafe de Adriana Zarri)

Fonte: http://leonardoboff.wordpress.com/2011/02/27/a-poetisa-a-mistica-e-a-gata/

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